Sabe aquele buraquinho (ou bolinha, dependendo da pessoa) que fica bem no centro do seu corpo, na região abdominal?
A cicatriz do que um dia foi a mais linda cordinha, ligando você ao corpo da sua mamãe, e através da qual você pôde crescer forte e saudável até o dia em que veio conhecer o mundo aqui fora?
Sim, seu umbigo. Ou “imbigo”, como algumas pessoas falam.
A maioria das pessoas não liga muito para o próprio umbigo. É engraçado, porque tem gente que está sempre limpando seus ouvidos e narinas, porém nunca limpa seu outro orifício (o umbigo, assim espero. Não limpar o ânus já é falta de educação, né).
A gente se olha no espelho, fica reclamando da barriga saliente, com suas gordurinhas localizadas, um tempão analisando o abdômen… mas nem tchum pro umbigo.
Alguém aí pode argumentar: “Mas a gente não passa o dia olhando para o espelho. E nem olhando para baixo o tempo inteiro. Digo mais: tem gente que nem consegue ver o próprio umbigo, dependendo do tamanho do tecido adiposo localizado em cima dele!”
Realmente, isso é verdade. Porém, também não conseguimos ver nossos ouvidos e narinas sem ajuda do espelho, e isso não nos impede de darmos atenção a eles, de quando em quando.
Ou seja: não damos atenção para os nossos umbigos MESMO.
É mais fácil ver o umbigo dos outros.
Muito mais fácil do que enxergar o nosso.
Apontar para barriga alheia e notar que a pessoa tem uma hérnia no umbigo. Ou que é um puta de um buraco negro. Ou admirar aquele umbiguinho lindo e “bem feitinho”. Todos olhando – e julgando – o umbigo alheio.
Enquanto o seu está aí, sendo ignorado, negligenciado… e sendo julgado por montes de gente iguais a você.
Bora cuidar do próprio umbigo, galera.
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