Li esta delícia de livro em poucos dias. Ele está aqui em casa há muitos anos, foi comprado pela minha mãe, mas só há uns dias atrás que resolvi pegá-lo.
Bom, dizem que os livros é que nos escolhem… e penso que, apesar de olhar muito pra ele, o momento certo de lê-lo aconteceu só agora. E realmente, parece que foi mesmo. Primeiro pela Dona Janaína, que de uns tempos pra cá tem exercido verdadeiro fascínio na minha pessoa. Aliás, não só ela, como todos os outros orixás dessa religião tão linda que é a Umbanda.
Depois, pela própria história sofrida dos personagens, a labuta diária, o esforço imenso para conseguir os poucos tostões que sustentam aquelas vidas pobres. E, ao mesmo tempo em que são desprovidos das riquezas materiais, são abençoados com a magia e a riqueza da cultura do povo do mar, seus sentimentos intensos, sua dramaticidade, suas histórias e lendas.
Fico envergonhada em afirmar que foi o primeiro livro do Jorge Amado que eu li… mas antes tarde do que nunca!
Fiquei impressionada com a atemporalidade desta história… o livro é de 1936! Grande escritor… usou uma linguagem simples, para contar a história de gente simples. E, como todo mestre da literatura, me fez viajar por outras terras.
E falando em terras… quem sabe um dia, quando eu tiver cumprido a minha missão por aqui, eu não viaje também pelas terras do Sem-Fim, as terras de Aiocá, morada de Iemanjá?
Odoiá, rainha do mar!
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